Observações
sobre o processo arteterapêutico
(...) a utilização de recursos
artísticos em contexto terapêutico, baseando-se na percepção de que o processo
criativo envolvido na atividade artística é terapêutico e enriquecedor na
qualidade de vida das pessoas. Age a serviço das leias da necessidade interior
do Homem e facilita o entrar em contato com o poder de cada um (...) (ARCURI)
Por que arteterapia? Por que trilhar esse
caminho? Por que arteterapia: Um caminho de possibilidades e realizações?
A arteterapia é uma área delineada por
expressões advindas da pintura, do desenho livre, da expressão corporal, seja
pela dança, pela música, pela arte de interpretar que promovem a integração do SER
Total conectado com o cognitivo e o afetivo num corpo que rege as relações com
o mundo externo.
O criativo é
o pano de fundo entre a utilização desses recursos artísticos e a produção
final, como resultado do proposto e a ação do sujeito sobre os materiais
escolhidos para serem utilizados nas oficinas criativas. O criativo aciona
canais internos e trabalha no sensório- motor a liberação energética por meio
do movimento, no nível perceptual- afetivo a maneira como o sujeito percebe e
sente sua interação com diferentes materiais artísticos, no nível cognitivo e no
simbólico tornam presente à experiência em sua dimensão conceitual e, no nível
criativo, é um elemento que “costura” cada etapa do processo.
Para que Camila vivencie esses níveis são utilizadas
as oficinas criativas (Allessandrini, 1996), uma metodologia utilizada para
trabalhar com a arteterapia no seu processo de “cura” e onde são trabalhados os
materiais artísticos nos diversos níveis citados anteriormente.
No espaço de Ateliê
arteterapeutico, o arteterapeuta utiliza os recursos artísticos para acionar o
criativo como espaço de (re) significação e elaboração de conteúdos que emergem
no trabalho desenvolvido, cada etapa tem seu valor nesse processo, sendo
indissociáveis e necessários.
Camila, nas elaborações artísticas, projeta o crescimento dos cabelos que vem sendo nutrido emocionalmente pelas oficinas em arteterapia e esteticamente pela equipe de alunas do centro estética da Universidade Tiradentes, sobre a orientação da Professora Michelle Pacheco. No primeiro desenho denominado NOITE ILUMINADA a árvore se apresentava sem folhagem, tal qual as falhas de seu cabelo e após um mês de intervenção a mandala que reúne os três elementos: Casa, corações e árvore, agora cheia de folhagem, retrata o momento vivenciado por Camila - o crescimento que a faz perceber que novos caminhos podem ser trilhados, onde a casa incolor se enche de cores e corações anunciando um futuro possível, nutrido pela força e possibilidade de crescimento.